É
nítido que há um fenômeno inquietante e agressivo na sociedade: a exaustão
generalizada que parece ter se espalhado em todos os setores da sociedade. Esta
não é a simples fadiga de uma noite mal dormida; estou falando do burnout, uma
sensação avassaladora de exaustão física e mental que deixa as pessoas
emocional e fisicamente esgotadas. Em um contexto pós-pandemia, parece que a
incidência desse fenômeno só cresce.
O
burnout é um estado de esgotamento crônico que é caracterizado por três
principais dimensões: exaustão emocional, despersonalização e diminuição da
realização pessoal. E, enquanto o burnout pode ser uma resposta ao estresse
crônico no local de trabalho, também pode ser uma consequência de estressores
pessoais contínuos – algo que se tornou comum no ambiente de incerteza e
isolamento social causado pela pandemia.
Existe
um número crescente de pessoas se sentindo exaustas, desinteressadas e
incapazes de encontrar prazer em atividades que antes lhes traziam alegria.
Essas são todas características do burnout e, infelizmente, parece que nossa
sociedade pós-pandêmica está proporcionando o ambiente perfeito para a
propagação desse estado.
O
burnout pode ter graves implicações para a saúde física e mental. Pode aumentar
o risco de condições como depressão, ansiedade e abuso de substâncias, além de
ter um impacto negativo na qualidade de vida e bem-estar geral.
Para
lidar com o burnout, é essencial entender que, embora a sobrecarga de trabalho
e estresse possam ser um gatilho, não são os únicos fatores. Fatores pessoais,
como falta de apoio social, falta de controle sobre a vida pessoal e um
desequilíbrio entre o trabalho e a vida pessoal, também podem contribuir para o
burnout.
Aprender
a reconhecer os sinais do burnout é o primeiro passo para combatê-lo. Preste
atenção se você está se sentindo constantemente cansado, se está se tornando
cínico ou crítico no trabalho, se está se sentindo desinteressado ou se seu
desempenho no trabalho está diminuindo.
Depois
de reconhecer os sinais, é importante buscar ajuda. A terapia, seja individual
ou em grupo, pode ser extremamente benéfica. Estratégias de manejo do estresse,
como meditação, exercícios físicos e tempo para o autocuidado, também são
fundamentais.
Como
sociedade, temos o dever de apoiar uns aos outros durante este período
desafiador. Empatia, compreensão e a vontade de ajudar são necessárias, agora
mais do que nunca. Juntos, podemos superar a exaustão pós-pandêmica de COVID19
e cultivar um ambiente mais saudável e compassivo.
Lembre-se:
buscar ajuda não é um sinal de fraqueza, mas de força. Cuidar de nossa saúde
mental é tão importante quanto cuidar de nossa saúde física. Se você está se
sentindo exausto, não está sozinho.
Artigo
escrito por Thiago de Moraes - Jornalista (MTB 0091632/SP) e Cientista
Político.
Por:
Redação.
Fonte:
Maria Emilia Genovesi.