O álbum é o segundo de Marília Calderón, tem
produção de Rafael Montorfano, o Chicão. E vem acompanhado do álbum visual
dirigido pela cineasta Iza Guedes.
Marília
Calderón, multiartista, psicanalista e pesquisadora sobre Não Monogamia e
Psicanálise, lançou no dia 6 de março, em todas as plataformas digitais, seu
novo álbum visual em formato não mono (temático), unindo canções de seu
primeiro solo, “A saudade é um vagão vazio”
(https://youtube.com/watch?v=iaxh-anqNhg&feature=shares), ainda não lançado
ao vivo por conta da quarentena, do atual “Não adianta o inferno” (https://youtu.be/0Gg93B8ZWlg) e do próximo,
sobre os paradoxos dos amores não monogâmicos.
O
álbum visual “Não adianta o inferno”, o atual, realizado por meio do edital
ProAC Prêmio por Histórico de Realização em Música, faz uma paródia teatral do
neofascismo brasileiro, abordando algumas de suas facetas, como fundamentalismo
religioso, misoginia, lgbtfobia, neoliberalismo, medicalização da saúde
psíquica, colonialidade, branquitude e autoritarismo. O trabalho foi inspirado
também na escuta de mulheres e pessoas LGBTQIAPN+ na clínica Pluralidades, e
conta com participação da psicanalista e atriz Cecília Boal. Com direção de
fotografia de Iza Guedes e composições de Marília Calderón, o trabalho
apresenta personagens e histórias ficcionais por meio de canções autorais que
fazem conviver diferentes mundos, como o teatro, a música, a antropologia e a
psicanálise.
Na
contramão do que é hegemônico no mercado fonográfico, o álbum apresenta letras
narrativas e arranjos progressivos, que trazem diversas mudanças de ritmos,
andamentos e climas, os quais Marília Calderón compõe com sanfona/violão e voz.
A produção musical é do tecladista Chicão (Gal Costa, Ava Rocha, Junio Barreto)
e, além dele, faz também forte presença nos palcos e violinista Mafê (Gilberto
Gil, Kaê Guajajara, Teatro Mágico). Lançado em março de 2023, conta também com
participação da atriz e diretora cênica Marta Najjar (Cia Pirata), do artista
circense Rafé (Retumbantes, Musicircus) e da atriz e psicanalista Cecília Boal,
que na década de 60 conduziu, com Augusto Boal, o Teatro do Oprimido.
Por:
Redação.
Fonte:
Carola Gonzalez.