Muitas
vezes, quando uma criança tem dificuldade de ler, escrever e copiar do quadro
pensamos que pode ser preguiça ou desinteresse pelo conteúdo ou pela escola.
Mas é importante que pais, familiares, cuidadores e professores estejam
atentos, pois, essa dificuldade pode ser dislexia.
O
dia 16 de novembro é conhecido como o dia nacional de atenção à dislexia. Mas
você sabe o que é dislexia? Dislexia é um transtorno em que os primeiros sinais
acontecem durante o desenvolvimento da criança, normalmente aparecem nas fases
pré-escolar e escolar, mas em alguns casos podem ser observados antes dos 6
anos. Vale ressaltar que não é uma doença e, sim, um quadro disfuncional.
De
acordo com a Associação Brasileira de Dislexia (ABD), trata-se de distúrbio de
maior incidência nas salas de aula e atinge entre 5% e 17% da população
mundial. O transtorno pode ser definido como se algumas áreas cognitivas que
são acionadas no cérebro das pessoas estivessem mal conectadas.
Alguns
sintomas e sinais são atrasos de fala, problemas para lembrar e identificar
letras e palavras, atrasos no vocabulário, na soletração e na memorização de
processos verbais. As crianças apresentam também dificuldades psicomotoras e
espaciais. Elas vão ter muita dificuldade para se alfabetizar mesmo mudando o
método de alfabetização, e vão ter muita dificuldade em juntar letras e em
entender aquilo que ela está lendo.
Caso
exista qualquer sinal de desconfiança, é recomendado levar a criança para uma
avaliação multidisciplinar, ou seja, com uma equipe composta por
fonoaudiólogos, psicólogos, pedagogos e médicos. A dislexia é identificada
clinicamente, logo, não existe um exame que aponte uma alteração no cérebro ou
um marcador biológico, por exemplo. É necessário que nos primeiros anos de
vida, sejam adotadas intervenções de remediação e de correção de atrasos de
linguagem fonológica.
Outra
questão importante refere-se à sala de aula. Os professores devem estar cientes
sobre o transtorno, para utilizar metodologias multissensoriais nas aulas, para
ajudar no desenvolvimento do aluno. O docente deve tomar medidas adequadas de
acordo com as características da criança para ensiná-la. Por exemplo, alguns
disléxicos gostam de desenhar, então vale observar a característica de
aprendizagem daquele disléxico. Com isso podemos ensinar de acordo com o
interesse e com o que se tem de mais forte.
Por:
Clilton Paz.
Fonte:
Joyce Nogueira.