Catálogo da exposição sobre o legado de arquitetos italianos
em prédios do Rio. A iniciativa é do
Instituto Italiano de Cultura do Rio de Janeiro que realiza no local a Ocupação
Itália.
O
Instituto Italiano de Cultura do Rio de Janeiro (IIC-RJ) lançou, no dia 30, no
Centro Cultural Correios, o catálogo da exposição Dell’Architettura –
Investigação fotográfica sobre a influência italiana na paisagem carioca, de
Aristides Corrêa Dutra. O lançamento reuniu especialistas em arquitetura e
urbanismo e, claro, sobre o tema da mostra em questão.
São
eles o arquiteto e urbanista Nivaldo Vieira de Andrade, ex-presidente do
Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB); o presidente do Comitê Executivo do
27º Congresso Mundial de Arquitetos (UIA 2021), Sérgio Magalhães; o
comissário-geral do Comitê da UIA 2021, Igor de Vetiemy, e o próprio Aristides
Corrêa Dutra. Eles participaram de debate mediado pelo professor Carlos
Murdoch, coordenador do curso de Design de Interiores da Universidade Veiga de
Almeida.
Participaram
também do evento o cônsul da Itália no Rio de Janeiro, Paolo Miraglia Del
Giudice, e a diretora do Instituto Italiano de Cultura do Rio de Janeiro, Lívia
Raponi. “Dell’Architettura – Investigação fotográfica sobre a influência
italiana na paisagem carioca” é uma das três mostras que integram a Ocupação
Itália, iniciativa do IIC-RJ, que pode ser visitada até 10 de outubro, no
Centro Cultural Correios, de terça a sábado.
O
catálogo reproduz os 37 painéis fotográficos em preto em branco que compõem
Dell’Architettura – Investigação fotográfica sobre a influência italiana na
paisagem carioca, do fotógrafo, professor e artista visual Aristides Corrêa
Dutra. A edição traz também textos assinados pelo cônsul da Itália no Rio de
Janeiro, Paolo Miraglia Del Giudice; pelo pesquisador e professor Hernani
Heffner; pelo próprio Corrêa Dutra e pela diretora do Instituto Italiano de
Cultura do Rio de Janeiro, Lívia Raponi, também curadora da mostra juntamente
com o artista.
“As fotografias de Dutra capturam com
rara felicidade os elementos distintivos dessa invisível assinatura italiana,
dotados de uma originalidade, artesania e acabamento únicos na arquitetura da
cidade”,
atesta ela no texto de abertura. E o que é essa influência afinal?
Quando
se comenta sobre a arquitetura do Rio de Janeiro muito se fala da influência
francesa nos edifícios da cidade. A influência italiana na nossa arquitetura é
vasta como a da França.
Ou
maior, se considerarmos o fato de que arquitetos como Grandjean de Montigny
(1776–1850), por exemplo, realizaram seus estudos em Roma. Há, muito da Itália
no Rio e isso é revelado nos 37 painéis que integram a mostra.
São
joias de 16 arquitetos como o Moinho Fluminense, projetado por António Januzzi
(1853–1949); a construção que abriga hoje a Escola de Artes Visuais (EAV), no
Parque Lage, projetada por Mario Vodret (1893–1948); ou a do Hospital da Cruz
Vermelha, obra de Pietro Campofiorito (1875–1945).
Do
total de arquitetos, 11 são italianos. A lista inclui três europeus – o
português José da Costa e Silva (1747–1819), o francês Grandjean de Montigny
(1776–1850) e o ucraniano Gregori Warchavchik (1896–1972).
As
presenças brasileiras são a do paulista Rino Levi (1901-1965), autor do
Hospital General do Nascimento Vargas (atual Hospital Federal de Bonsucesso), e
a do carioca Olavo Redig de Campos, autor da casa que pertenceu ao banqueiro
Walther Moreira Salles (1912-2001) e que abriga hoje o Instituto Moreira
Salles, na Gávea.
Por:
Clilton Paz.
Fonte:
Luiz Claudio de Almeida.
Foto:
Divulgação.