Livro fala sobre a reflexão entre a idealização e a
realização de uma sociedade mais justa.
O
livro "Revolução em Lagoa Linda" conta a saga do povo Salbris (os
"grandes por dentro") que, após terem sido perseguidos e massacrados
por gigantes e sofrido com três terremotos, conseguem reconstruir sua aldeia e
partem em busca de sobreviventes. No caminho, a comitiva escolhida por
assembleia geral, conforme suas leis, enfrentam descobertas nada agradáveis
sobre suas lideranças, mas surpreendem-se com a ajuda que conseguem para
alcançar seus objetivos.
De
forma ficcional, o livro escrito a três mãos, pelos professores Mário Galvão
(seu pai, falecido em 2018) e Carlos Fernando Galvão, reflete sobre a
dificuldade entre a idealização e a realização de uma sociedade mais justa.
Originalmente
concebido como roteiro de uma peça teatral ou filme, essas partes não foram
suprimidas, de forma que o leitor possa viajar não só na história, como na
roteirização, mas que permita refletir sobre o conceito de democracia,
participação popular e de sociedade solidária. O leitor encontra política,
ciência, fantasia e questionamentos.
"Revolução
em Lagoa Linda" é uma oportunidade de mergulhar em sonhos, de ter a
liberdade de sonhar e de pensar em lutar por um mundo mais humano, com mais
igualdade e mais amor. Como diz Nélida Piñon, "..escrever liberta".
Mas ler também.
"O mundo das letras e da produção
de sentidos sociais é fantástico, pois assim nos comunicamos, deste modo
constituído-nos como seres conscientes e existentes, individual e socialmente.
Vivemos o mundo a partir de apropriações/reapropriações/devoluções metafísicas
e simbólicas, com significações ideológicas, no sentido empregado pelo filósofo
argentino Eliseo Verón, que dizia que uma ideologia não é apenas, e nem
prioritariamente, uma listagem de conteúdo, mas é, sobretudo, uma gramática de
engendramento de sentidos sociais. Leio porque gosto de mergulhar no mundo e
reconstruí-lo internamente; escrevo porque é uma forma de gritar ao vento, as
palavras que soprarão laivos de mim, para este mundo, levando-me ao infinito,
ao indivisível. Um grito elegante e discreto", define Carlos
Fernando.
Carlos
Fernando Galvão é carioca, Bacharel e Licenciado em Geografia (UFF),
Especialista em Gestão Escolar (UFJF), Mestre em Ciência da Informação
(UFRJ/CNPQ), Doutor em Ciências Sociais (UERJ) e Pós Doutor em Geografia Humana
(UFF). Autor de mais de 120 artigos, entre jornalísticos e científicos,
escreveu para O Globo, Jornal do Brasil, Folha de São Paulo e Le Monde
Diplomatique (colaborador atualmente). Também é autor de outros 9 livros, textos
acadêmicos e literários.
O
livro, publicado pela Editora Appris/Artêra e com prefácio de Chico Alencar,
pode ser encontrado em formato impresso e digital e pode ser adquirido na
Livraria da Travessa, Ponto Frio, Casas Bahia, Submarino, Lojas Americanas,
Amazon, Google Play, Barnes & Noble, Apple Books, entre outros.
Por:
Clilton Paz.
Fonte:
Paula Ramagem.
Foto:
Divulgação.