Referência no cinema, nas artes e na cultura pop,
Steve McQueen ganha importante retrospectiva no CCBB em março.
De
3 de março a 5 de abril, o Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro
apresenta a mostra Steve McQueen – The king of cool, que abaliza a trajetória
de um dos principais fenômenos da indústria cinematográfica de todos os tempos,
influenciando uma leva de atores e também artistas da música e da animação, e
que comemoraria 91 anos (dia 24 de março). A mostra seria, inicialmente, em
2020 para celebrar os 90 anos do ator, mas por conta da pandemia não ocorreu.
Sob
curadoria do jornalista, crítico e diretor de cinema Mario Abbade e produção da
BLG Entretenimento, a mostra exibirá 29 produções, entre filmes e
documentários, sobre o astro. Além da filmografia, apresentada em sessões
presenciais no formato digital, haverá também na programação atividades on-line
como debate, aula magna, palestra, lives e sessões com recursos de
acessibilidade (audiodescrição, legenda descritiva e interpretação em
libras).
E
ainda um plus: playlist no app spotify com as músicas dos filmes estrelados por
McQueen. Todas as sessões presenciais, as atividades on-line e o acesso aos
filmes com acessibilidade serão gratuitos. A mostra ainda passa pelos CCBBs
Brasília e São Paulo, o projeto é patrocinado pelo Banco do Brasil.
Apelidado
de ‘The king of cool’ (em português seria algo como ‘rei dos descolados’),
Steve McQueen (04/03/1930 - 07/11/1980) é lembrado por seus personagens icônicos
e seu estilo único. O ator ficou marcado por papéis de anti-heróis no cinema,
como o ladrão de luxo Thomas Crown, o policial Frank Bullitt e o jogador de
poker Cincinnati Kid.
Desta
forma, virou uma espécie de símbolo da contracultura nos Estados Unidos, em
oposição aos mocinhos tradicionais do cinema. O talento de McQueen, porém, não
se limitava a atuar: ele foi um grande ícone da moda masculina que influenciou
milhões de homens, ao longo de décadas.
Realizar
uma mostra que reúne 26 filmes estrelados por McQueen – com direito a 3
documentários sobre sua vida e obra - é proporcionar ao público carioca a
chance de (re)ver, analisar e discutir a importância de Steve McQueen e seu
estilo de atuação para o cinema e outras artes. Entre os filmes que serão
exibidos estão ‘Sete homens e um destino’, ‘Fugindo do Inferno’, ‘Crown o Magnífico’,
‘Bullit’, ‘Papillon’, ‘Inferno da Torre’, entre outros petardos.
Os
documentários ‘Steve McQueen’ (Steve McQueen: Man on the edge), de Gene
Feldman, ‘Eu sou Steve Mcqueen’ (I am Steve Mcqueen), de Jeff Renfroe, e ‘Steve
McQueen: A essência do formidável’ (Steve McQueen: The essence of cool), de
Mimi Freedman estão na programação. A importância da mostra se mede não só pelo
grande público fã de McQueen no mundo, mas também admiradores de cinema em
geral, haja vista que o ator foi dirigido por importantes cineastas como Robert
Wise, Sam Peckinpah, Peter Yates, Norman Jewison, John Sturges, Don Siegel,
entre outros.
Segundo
o curador, a mostra Steve McQueen – The king of cool serve tanto ao estudo da
arte cênica quanto à análise de um fenômeno da cultura. “O ator faz parte de uma linhagem de nomes que constituem marcos da
arte dramática, e é preciso que a sua filmografia seja observada e analisada
sob essa perspectiva”, avalia Mário Abbade.
Nomes
do cinema como Colin Farrell, Kevin Costner, Pierce Brosnan e Bruce Willis o
apontam como herói e inspiração para se tornarem atores. A lista de citações
sobre McQueen vai longe: inclui longa de Tarantino e muitos outros filmes,
livros, a animação “Os Simpsons” e o seriado “House”. O ator foi citado em
listas de importantes revistas como a Premiere e a Empire como uma das maiores
estrelas do cinema de todos os tempos.
“McQueen era um ícone tão forte que se
sentiu à vontade para dizer não a diretores como Coppola, Spielberg e Milos
Forman, recusando convites milionários e papéis com que outros profissionais
sonhavam, como os de Apocalypse Now e Um estranho no ninho”, diz Abbade.
O
reflexo da influência de Steve McQueen na cultura também pode ser medido no
mundo da música. Os Rolling Stones falam dele em “Star star”.
Sheryl
Crow compôs a canção “Steve McQueen” homenageando o ator. Outra letra em
tributo ao king of cool, que também leva seu nome, é a da banda Drive-By
Truckers, que anuncia o que ele significou para muita gente: “Quando eu era menino, eu queria crescer
para ser Steve McQueen”, diz a letra. McQueen também é citado em músicas de
artistas consagrados como Leonard Cohen, R.E.M., Beastie Boys, Blur, Boy George
e Elton John, entre muitos outros, e deu nome a um disco da banda Prefab
Sprout.
LIVES:
Dia
03/03, às 19h, com a crítica de cinema Ana Carolina Garcia.
Dia
17/03, às 19h, com o crítico de cinema Ricardo Largman.
Todas
as Lives serão mediadas pelo curador Mario Abbade e irão acontecer no perfil
@blgentretenimento no Instagram.
DEBATE: STEVE MCQUEEN, VIDA E OBRA:
Dia
20/03, às 19h, no canal da BLG Entretenimento no YouTube.
Com
os críticos de cinema Ana Rodrigues e Ricardo Cota.
Mediação
do curador Mario Abbade.
AULA MAGNA: STEVE MCQUEEN – O ARQUÉTIPO
DO ANTI-HERÓI DE POUCAS PALAVRAS.
Dia
20/03, às 14h.
Inscrições
gratuitas na plataforma Sympla, com transmissão via Zoom. Vagas limitadas.
Duração 120 minutos. Aos participantes será oferecido certificado.
A
atividade, ministrada pelo curador Mario Abbade em parceria com o ator Eriberto
Leão, tem como proposta abordar os diferentes métodos de interpretação. Por
meio de exercícios teóricos e práticos, o aluno poderá descobrir e vivenciar
essas escolas de pensamento sobre a arte de atuar.
FILMES COM RECURSOS DE ACESSIBILIDADE: A
BOLHA ASSASSINA E FUGINDO DO INFERNO.
Dia
24/03, às 13h. Os filmes ficarão
disponíveis para visualização até as 23h59 do dia 30/03.
“A
bolha assassina”, primeiro trabalho de Steve McQueen no cinema, e “Fugindo do
inferno”, um dos filmes mais famosos do ator, serão programados na plataforma
de streaming Wurlak.com com os 3 recursos de acessibilidade juntos:
Interpretação em Libras, Legenda Descritiva e Audiodescrição. O acesso é
gratuito.
Os
interessados deverão se cadastrar, sem custo, para poder conferir os filmes.
OBS.:
Aqueles que optarem por assistir via smartphone ou tablet, o recomendado é que
faça download do aplicativo do serviço de streaming, que está disponível nas
versões para IOS e Android.
Texto:
Alexandre Aquino.
Fotos:
Divulgação.