Exposição sobre feminismo

Exposição sobre feminismo termina com debate com ministro Luís Roberto Barroso


Termina nesta semana a exposição "Mulheres, A Hora e a Voz – Direitos, Conquistas e Desafios”, que conta a história do movimento feminista brasileiro. Chamando pro encerramento na sexta-feira, 31 de maio, no Museu da Justiça – Centro Cultural do Poder Judiciário, no Rio. Na data, o ministro do STF Luís Roberto Barroso e a socióloga e cientista política Jacqueline Pitanguy vão debater, a partir das 12h, sobre o tema Direitos e Conquistas na Constituição de 1988 e desafios nos tempos atuais. Em seguida, a partir das 15h, a curadora da mostra Sílvia Monte e Comba Marques, uma das feministas homenageadas na exposição, conduzem a última visita guiada no espaço. 

A exposição, que tem recebido um público heterogêneo, de adolescentes em grupos de escolas tradicionais do Rio (como Pedro II e São Bento) a senhoras de terceira idade, é conduzida pela memória de quatro protagonistas que ecoam a voz de tantas outras brasileiras: Jacqueline Pitanguy (socióloga, presidente do CNDM de 1985 a 1989), Comba Marques Porto (advogada, coordenadora da Campanha “Mulher e Constituinte”), Leila Linhares Barsted (advogada, consultora jurídica da OAB Mulher, assessoria do CNDM) e Schuma Schumaher (pedagoga, assessora do CNDM e articulista da campanha “Mulher e Constituinte”). 


A mostra apresenta trechos – transcritos e em vídeos dos depoimentos das entrevistas originais, realizados pelo CCMJ, com as quatro feministas, além de vídeos de campanhas e imagens da época, e fotos históricas de diversos acervos (Arquivo Nacional, CNDM, EBC, FGV, Jornal do Brasil, O Globo, entre outros). As quatro entrevistadas revivem o encontro com o feminismo nas décadas de 1970 e 1980, debatem a violência contra a mulher e os desafios atuais da agenda do feminismo.

Interativa, a mostra conta com um enorme painel, onde o público poderá fazer selfies e assim integrar uma passeata do movimento feminista. Pequenas faixas com lemas de campanha como “Quem ama não mata” também estão disponíveis para fotos. Além disso, será possível acessar em computadores disponibilizados no local, fotos, cartazes e matérias jornalísticas sobre o tema. Ainda no mesmo espaço, uma linha do tempo pontua marcos mundiais e brasileiros do feminismo, como o início do Movimento Sufragista, em 1948, nos Estados Unidos, e curiosidades, como o ano de 1922, no qual foi garantido o ingresso de mulheres ao colégio Pedro II no Rio de Janeiro.


Ao centro do salão, um espaço cenográfico reproduz a área de trabalho das quatro feministas que norteiam a exposição. Sobre uma escrivaninha estarão uma máquina de escrever, uma luminária com design característico da época, um calendário do emblemático ano de 1988, além de livros de autoras como Simone de Beauvoir, Betty Friedan, Kate Millett, entre outras, e obras assinadas por elas. Fotos do acervo pessoal das homenageadas completam a cenografia do espaço decorado com um tapete onde se vê o espelho de Vênus.

Serviço:
Exposição Mulheres, a Hora e a Voz – Direitos, Conquistas e Desafios
Até 31 de maio, de segunda a sexta, das 11h às 19h e, aos sábados, de 14h às 18h. Entrada grátis
Museu da Justiça – Centro Cultural do Poder Judiciário - Rua Dom Manuel, 29, Centro, Rio de Janeiro
31/05, às 12h - Debate Direitos e Conquistas na Constituição de 1988 e desafios nos tempos atuais com o ministro do STF Luís Roberto Barroso e a socióloga e cientista política Jacqueline Pitanguy.
31/05, às 15h - Visita guiada com Sílvia Monte, a curadora da mostra, e Comba Marques, uma das feministas homenageadas na exposição.
31/05 – Encerramento – Adriana Ramos de Mello – Juíza do TJRJ.
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DZT News

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Rio de Janeiro | RJ | Brasil

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Fotos: Sheila Gomes
Texto: Sheila Gomes
Postagem: Equipe DZT News
Atualização: 31/05/2019