DPOC: a doença causada pelo cigarro que afeta milhões de brasileiros

Doença silenciosa pode ser confundida com asma e atinge cerca de 90% da população fumante.


Pouco se fala sobre o assunto, mas a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) é a 4° maior causa de morte no mundo. Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer, cerca de 7 milhões de brasileiros sofrem com esse problema. Fica mais claro entender essa estatística considerando-se que a doença está diretamente ligada ao tabagismo.

A DPOC é um quadro clínico no qual o pulmão encontra-se bastante debilitado, e o cigarro é o principal responsável na grande maioria dos casos, tanto para fumantes, quanto para os que aspiram a fumaça através do convívio.


De acordo com o pneumologista e diretor da Alergo Ar, José Roberto Zimmerman, a principal forma de prevenção da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica é evitar o uso de cigarros. O médico também frisa as diferenças entre asma e DPOC, o que é importante distinguir já que as duas doenças desencadeiam sintomas parecidos: falta de ar, chiado no peito e tosse.

“A asma é uma doença que ocorre em crises provocadas por clima, exposição à poeira ou a cheiros fortes enquanto a DPOC é uma doença crônica contínua, embora possa apresentar exacerbações que frequentemente necessitam de hospitalização. Outra diferença é que a asma tem obstrução reversível, enquanto na Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica não é possível reverter por completo à limitação do fluxo de ar”, enfatiza o médico. 


A DPOC e o uso de cigarros

Estima-se que 85% a 90% das mortes por DPOC, ocorrem em função do tabagismo. A fumaça provocada pelo cigarro deixa os pulmões expostos a altas concentrações de agentes oxidantes. Isso pode provocar problemas pulmonares como edema, obstrução e inflamação pulmonar. O tabagismo é prejudicial para qualquer pessoa, mas para pacientes com essa doença, parar de fumar é ainda mais urgente.

Como descobrir e tratar

Como falado inicialmente, a asma e a Doença Pulmonar Obstrutiva crônica possuem sintomas parecidos. Portanto, se o paciente tiver indício de tosse frequente, falta de ar ou chiado no peito, ele deve procurar o médico pneumologista para investigar a causa. Geralmente, os exames solicitados pelo especialista são: teste de função pulmonar (espirometria), hemograma completo, radiografia torácica, oximetria de pulso, entre outros.

Sobre o tratamento, Zimmerman explica que a opção terapêutica mais comum em casos de DPOC é a utilização de bronquiodilatadores, além de mudanças no estilo de vida, especialmente, evitando qualquer tipo de exposição à fumaça de cigarro.

Tanto no tratamento quanto na prevenção é importante evitar o contato frequente a produtos químicos, fumaça, e outras substâncias irritantes. A poluição do ar é outro fator de risco que deve ser considerado.


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Rio de Janeiro | RJ | Brasil

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Fotos: Divulgação
Texto: Monique Duarte
Postagem: Clinton Paz
Revisão: Equipe DZT News
Atualização: Equipe DZT News 21/11/2018